About vicentim

I am a Fulbright Teaching Assistant. Back home, I am doing my Master's and I am a Portuguese Teacher.

Nada de adeus, somente um até logo.

Oi, pessoal!

Escrevo hoje para agradecer e me despedir de vocês.

Graças a cada um de vocês, eu tive um ano maravilhoso na Dickinson College. Aprendi muito, compartilhei muito e ri muito também. As aulas, os eventos e as nossas conversas foram essenciais para todo o meu aprendizado. Sem cada um de vocês, isso não teria sido possível.

Acredito que minha tarefa foi devidamente cumprida. O meu papel como TA e também como embaixadora do Brasil nos EUA foi realizado e vejo que consegui muitos bons resultados: vocês conhecem mais sobre o Brasil; muitos querem visitá-lo (e não só por causa da Copa do Mundo); e claro, vocês falam português! É maravilhoso ouvir vocês falando o português tão bem. Eu me sinto muito orgulhosa de vocês.  É prazeroso saber que trabalhamos muito durante esses nove meses, e que conseguimos um ótimo resultado juntos.

Obrigada novamente por tudo. Espero poder compartilhar com meus alunos no Brasil tudo o que aprendi com vocês aqui.

Vou sentir muitas saudades de todos! Mas como mencionei antes, não direi adeus. Digo até logo. Espero revê-los em breve! Não se esqueçam de mim. 😀

Um grande abraço a todos.

Monica Vicentini

 

 

 

 

 

Gentileza gera gentileza

 

O profeta Gentileza foi um empresário que, após se sensibilizar muito por conta de um incêndio em um circo em Niterói, RJ, recebeu um chamado divino para que deixasse tudo o que tinha e passasse a anunciar e representar Jesus, passando a assumir outra identidade, a de Jozze Agradecido ou, como ficou conhecido depois, Gentileza.

Segundo informações do website “Rio com Gentileza”, todos os que o consideravam maluco era recebidos por ele com as seguintes frases: “maluco pra te amar, louco pra te salvar” … “seja maluco mas seja como eu, maluco beleza, da natureza, das coisas divinas.”

Gentileza anunciava o amor, a gentileza, a honra e o fim dos vícios, bem como denunciava os erros da Igreja. Em sua missão, ele viaja por várias cidades brasileiras pregando como se fosse um enviado de Deus.

Ficou também conhecido pelos murais que deixou no Viaduto do Gasômetro, no Rio, onde também pregava os bons sentimentos, e em especial, a famosa frase “Gentileza gera gentileza”: http://www.riocomgentileza.com.br/pilastras.html

 

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Em 1997, quando o governo do Rio resolveu pintar muros com pichações na cidade, pintaram também, por engano, muitos dos murais do profeta Gentileza.  A partir disso, foi iniciado um projeto para restauração do legado do Profeta: http://www.riocomgentileza.com.br/restauracao.html

Marisa Monte, famosa cantora brasileira, escreveu uma canção exaltando o profeta e relembrando o que aconteceu com seus murais.

 

 

Gonzaguinha também fez uma homenagem ao Profeta.

 

(não foi possível encontrar um vídeo oficial)

 

No link, um mapa dos murais: http://www.riocomgentileza.com.br/mapa.html

Todas as informações em: http://www.riocomgentileza.com.br/index.html

Celpe-Bras

 

Vocês sabem o que é o Celpe-Bras?

 

O Celpe-Bras é um exame de proficiência brasileiro muito importante para aqueles que sonham em trabalhar ou estudar no Brasil.

 

De acordo com o MEC, o Celpe-Bras é o exame para a obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros. Ele  é aplicado no Brasil e em outros países e é o único certificado de proficiência em português como língua estrangeira reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro. Empresas e instituições de ensino internacionais aceitam esse exame como comprovação de competência na língua portuguesa. Ele é exigido pelas universidades brasileiras para ingresso em cursos de graduação e em programas de pós-graduação. Também é aceito para validação de diplomas de profissionais estrangeiros que pretendem trabalhar no país.

 

O exame é composto por tarefas que avaliam a compreensão oral e a compreensão escrita, bem como a produção oral e a produção escrita. Vocês podem encontrar exemplos de provas em http://portal.inep.gov.br/celpebras-estrutura_exame.

 

Mais informações:

http://portal.inep.gov.br/celpebras

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12270&ativo=519&Itemid=518

 

O que é isso, companheiro?

 

 

Na quinta-feira do dia 7 de fevereiro, os alunos do curso de português assistiram ao filme “O que é isso, companheiro?” (em inglês “Four days in September”).

Do diretor brasileiro Bruno Barreto, o filme é baseado no memoir escrito pelo político Fernando Gabeira, que conta a história real do sequestro do embaixador americano Elbrik, realizado pelo grupo MR-8, em protesto contra a ditadura e também com o objetivo de exigir a libertação de vários companheiros que foram torturados e mantidos presos.

Um filme que vale a pena ser visto.

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=e-olAcD8niY

 

O próximo filme será “Central do Brasil”, dia 5 de março (7p.m., Tome 115). Não percam!

 

Brazilian Dinner

 

 

Na sexta-feira do dia 8 de fevereiro, o Clube de Português e o Clube de Gastronomia se reuniram para promover o evento “Brazilian Carnival”.

Em plena sexta de Carnaval, os alunos da Dickinson College saborearam uma deliciosa moqueca bahiana e um guaraná bem gelado, ao som de samba e axé. Eles também puderam apreciar pães de queijo com gostinho de Minas Gerais.

Durante o jantar, os alunos também conheceram um pouco mais da cultura e identidade brasileira por meio de informações sobre a comida que estavam degustando. Influenciados pelas culturas africana ou indígena, os pratos preparados pelos alunos do Clube de Gastronomia e do Clube de Português falam muito sobre a miscigenação que se deu no Brasil e, consequentemente, nas atividades cotidianas brasileiras, como alimentação.

Chequem o link para visualizarem a apresentação sobre a comida que os alunos prepararam: http://prezi.com/ihcr9fj_bw_m/brazilian-food/

Chequem algumas fotos do evento abaixo.

 

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Novo semestre, novos filmes brasileiros

Bem-vindos de volta, Dickinsonians!
Exibiremos novos filmes brasileiros neste semestre. Chequem as datas, os locais e horários. Não percam!
Fevereiro 7, 2013. O que é isso, companheiro? , 7p.m., Tome 115
Março 5, 2013. Central do Brasil7p.m., Tome 115
Abril 4, 2013. O caminho das nuvens, 7p.m., Bosler 208
Abril 18, 2013. Orfeu , 7p.m., Bosler 208.
Abril 28, 2013. Carandiru , 7p.m., Tome 115

Cidade de Deus

Spanish and Portuguese Film Series Presents…
 
Cidade de Deus
City of God
Dir. Fernando Meireles and Kátia Lund, 2002
 
Two boys growing up in a violent neighborhood of Rio de Janeiro take different paths: one becomes a photographer, the other a drug dealer.
 
 
 
7:00pm, Thursday, November 29
Romance Language House (Reed House)**
**32 S. West Street
Doors open 6:45-7:00pm

Histórias em Quadrinhos

 

Histórias em Quadrinhos (HQs) são narrações feitas em uma sequência de quadros com o uso de desenhos e discurso direto. É o nome dado aos Comic Books no Brasil.

Na entrevista abaixo, concedida especialmente ao Clube de Português da Dickinson College, Mário Cau, quadrinista e ilustrador brasileiro, autor de Histórias em Quadrinhos independentes, como a série autoral “Pieces” (http://www.mariocau.com/Portfolio/HQ/infopieces1.htm) e do premiado webquadrinho “Terapia” (http://petisco.org/terapia/2011/05/terapia-pag-01/#.UJhVLSLCbTo), explica como é a produção e a divulgação e distribuição de HQs no Brasil. Ele também nos contou o que é produção independente e webquadrinhos.

 

 Clube de Português: Como é a produção de quadrinhos no Brasil?

Mário Cau: Atualmente, a produção de HQ no Brasil é bastante vasta. Estamos num momento em que a produção cresce, as editoras investem e novos autores aparecem a cada instante. Podemos dizer que o mercado está aquecido, mas ainda longe do ideal.
Como em vários lugares do mundo, boa parte da produção atual é independente e/ou destinada à internet. As editoras focam em material autoral em formato Graphic Novel, e poucas editoras se mantém publicando séries mensais para venda em banca de jornal. Desse material, metade é republicação de HQs norte-americanas ou orientais, e a outra metade é dominada pela Mauricio de Sousa Produções. A publicação de séries da Disney, por exemplo, é muito menor hoje do que há alguns anos.
Muitos artistas trabalham para os mercados norte-americano, europeu e até mesmo oriental. Podem trabalhar diretamente do Brasil, graças à internet.
Outros, mais autorais, focam na produção de Graphic Novels, HQs mais longas compiladas em formato livro, que estão essencialmente em livrarias, e não nas bancas. Muitos outros atuam no que chamamos de mercado independente, produzindo e editando seus próprios trabalhos sem o auxílio/intervenção de uma editora.
CP: Quem são os autores mais relevantes dos quadrinhos brasileiros?
MC: Atualmente, os autores mais conceituados são Laerte, Angeli, Danilo Beyruth, Fábio Moon, Gabriel Bá, Rafael Grampá, Rafael Albuquerque, Vitor Cafagi, Laudo, Gustavo Duarte, Will, Daniel Esteves, Fernando Gonsales, Vitor Cafagi, Will, Daniel Esteves, Fernando Gonsales, Lourenço Mutarelli, entre outros. Existe um elenco formidável de artistas nacionais se destacando em todas as áreas relacionadas às Histórias em Quadrinhos.
CP: O que são quadrinhos independentes?
MC: Chamamos de independente qualquer autor que não tenha uma ligação com editoras. Pode abranger desde um simples fanzine, feito com fotocópia e distribuído gratuitamente entre amigos, com tiragem pequena, até grandes álbuns, com muitas páginas e projeto gráfico elaborado. A condição é sempre não ter uma editora envolvida na produção.
Isso vem mudando um pouco, sendo que editoras pequenas produzem materiais com “cara” de independentes, e dada sua estrutura, a distribuição acaba sendo menor. Alguns autores independentes fazem acordos com editoras, sendo que elas somente distribuem o material que foi produzido pelo autor.
As duas grandes diferenças entre ser independente e publicar por editora são o retorno financeiro e a distribuição.
Enquanto uma editora repassa cerca de 10% do preço de capa para o autor, se o mesmo vende um trabalho independente, praticamente todo o preço de capa retorna ao próprio autor. Vale lembrar que nem sempre uma editora paga pelos custos de impressão.
Quanto à distribuição, esta é muito mais fácil para uma editora, que já tem toda a “máquina” montada. Um autor independente dependeria de sua própria logística para vender: consignar com lojas, envio pelo correio, participar de eventos. E claro, arcar com os custos de impressão e produção. Porém, como muita gente ainda é iniciante, e leva-se um tempo até ter um trabalho maduro que interesse às editoras, é interessante começar a produção independente, que serve como treino e aprimoramento, além de fazer o autor conhecer e participar ativamente de todo o processo editorial.

 

CP: O que são webquadrinhos?
MC: Webquadrinhos, ou webcomics, ou quadrinhos digitais; são um formato relativamente novo de fazer HQ: são quadrinhos produzidos para a internet e suportes digitais. Essencialmente, seria a mesma coisa, só mudando o “local” da publicação, mas as webcomics têm inovado de várias formas, criando recursos narrativos e de leitura que a versão impressa nunca atingiria. Por exemplo, a possibilidade de usar animações, sons, música, dublagem, gifs, sequências infindáveis de quadros ou cenário… E os recursos de clicar e arrastas, ou mesmo de usar o dedo (“swipe”) para “virar páginas” ou mesmo dar continuidade à história.

 

CP: Quem mais influenciou a leitura e a produção de quadrinhos no Brasil? Há interesse na leitura de quadrinhos no pais?

MC: É difícil eleger uma única pessoa ou fonte que tenha influenciado a produção de HQs no Brasil. Toda forma de arte é gerada a partir de outras. Não há como negar que, gerada a partir de outras experiências narrativas, as Histórias em Quadrinhos foram gradualmente conquistando seu público. Originalmente publicadas em jornais, e com abordagens mais cômicas (daí o termo “comics” usado até hoje), era consumido e descartado, e esse foi o fio condutor por muitos anos: quadrinhos são entretenimento barato, rápido e descartável. Atualmente, a postura mudou completamente. Colecionadores, leitores, produtores, artistas… Principalmente em se tratando do mercado norte-americano, japonês e até o europeu. É um mercado absurdo, gigantesco, mas que não tem ainda a mesma estatura no Brasil. Ainda.

Existe grande interesse pela leitura de HQs no Brasil. O que impede que mais pessoas possam ler são problemas estruturais do país, ao meu ver. Como por exemplo, preço. Nem toda revista de quadrinhos é barata. Temos uma porção grande da população que é muito pobre e, geralmente, a compra de uma HQ é considerada um gasto supérfluo. O sistema educacional, especialmente o público, é cheio de problemas, e com uma proposta de ensino antiquada e falta de investimentos, as crianças costumam não se interessar por leitura. Temos uma horda de analfabetos funcionais.
As HQs são uma ótima porta de entrada para a leitura. Crianças que lêem HQs infantis podem começar a ler HQs mais maduras e disso, partir para graphic novels e livros.
O Governo Brasileiro tem um programa chamado PNBE, que é a compra de títulos de HQ para as bibliotecas das escolas. É uma ação memorável, mas recente, e ainda existe uma preferência por títulos de adaptação de clássicos literários para HQ, e não obras originais. Esses títulos, um vez nas bibliotecas, podem ser lidos por gerações de crianças e adolescentes, pessoas que não poderiam pagar uma coleção se quisessem.
Particularmente, eu torço para que a leitura de quadrinhos nas escolas cresça, a leitura fora das escolas também cresça, e o que chamamos de “mercado” de quadrinhos possa se consolidar cada vez mais para um público cada vez maior.
Mas não podemos deixar de apontar a importância absurda que Maurício de Sousa teve e ainda tem nos quadrinhos brasileiros. Desde os anos 60 ele batalha e investe em sua carreira e produtos, e há anos tem o maior estúdio de produção de HQ do país. Seus personagens são nacionalmente – e internacionalmente – conhecidos e celebrados. A Turma da Mônica é com certeza o primeiro contato com HQ – e, por que não, com a leitura em si – da grande maioria dos brasileiros. Esses leitores aprendem a ler e a entender a linguagem das HQs através das séries produzidas pelo MSP, e a partir daí, podem buscar títulos diferentes, descobrindo uma grande variedade.

A produção de HQs e a leitura delas sempre existiram no Brasil, especialmente desde os anos 40. Ciclos de produção e consumo grandes e ínfimos se alternaram durante a história.
CP: Como é o mercado brasileiro de quadrinhos?
MC: Essa é uma questão aparentemente complicada… Mas existe sim um mercado brasileiro de quadrinhos. Como comentei acima, ele é composto de várias vertentes, mas raramente existe o que podemos chamar de “estabilidade financeira” para um autor de HQ.
Os artistas que trabalham para mercados internacionais costumam ser melhor pagos, geralmente por página e também têm royalties dos álbuns que produzem. Mas os artistas que publicam no Brasil ficam sujeitos, geralmente, à situação de produzir muito e receber pouco. Sendo independentes ou não, geralmente é isso que acontece: um retorno financeiro não-estável, margeado por trabalhos em outras áreas, similares ou não, para conseguir cobrir todas as necessidades básicas.
Uma grande fatia da produção nacional é ligada diretamente à MSP, Maurício de Sousa Produções. O estúdio produz as séries da Turma da Mônica, e é, ao que me consta, o único que consegue esse tipo de organização, visto que todos que trabalham lá têm os mesmos benefícios que um trabalhador de qualquer área deve ter.
Torço para que um dia nossa economia e nosso sistema editorial possa pagar os artistas e escritores não só pela porcentagem de vendas, mas também por páginas, por eventos, por viagens e coisas do tipo. Como sempre costuma-se falar, é muito difícil produzir quadrinhos, e mais ainda, viver somente disso.

CP: Há grandes eventos destinados a divulgação e vendas de quadrinhos no Brasil?

MC: Sim! Nos últimos 10 anos, mais ou menos, o Brasil tem se mostrado não só um grande e potencial mercado, cheio de autores relevantes, mas também um grande país para eventos. O mais importante é o FIQ – Festival – Festival Internacional de Quadrinhos, sediado em Belo Horizonte, e bienal. É o maior evento de quadrinhos do país, e a edição de 2011 foi recorde de frequentadores, ganhando inclusive da Comic Con de San Diego, o maior evento de cultura pop do mundo. Outros eventos, menores, têm acontecido anualmente e várias cidades, como a Rio Comicon, a GibiCon, Multiverso Comic Con, Fest Comix, Flip-Natal, entre outros.
Esses eventos têm trazido autores estrangeiros, exposições, e são o cenário escolhido pela maior parte dos independentes para lançar novos trabalhos.

 

 

 

Senna

Hoje, às 6:45, o Clube de Português vai apresentar o documentário “Senna”, que conta a história de Ayrton Senna, grande piloto brasileiro da Fórmula 1.

Vale a pena assistir!

Local: Bosler (hall)